A Lição Mais Importante: Por que o Curso de Primeiros Socorros Deveria Ser Obrigatório Para Todos

 

NR 35 para Iniciantes: Tudo o que você precisa saber

Quando a Advogada Precisa Saber Mais do que Leis para Salvar uma Causa (ou uma Vida)

 

 

O cheiro de látex da luva e o toque que pode fazer toda a diferença.

 

Esta história não começa em um tribunal, mas em um restaurante. Um homem em uma mesa próxima engasgou. Pânico geral. Gritos, correria, e eu… eu congelei. Me senti a pessoa mais inútil do mundo, com todo meu latim jurídico e minha capacidade de argumentação. Naquele dia, a vergonha e o medo me levaram a uma decisão: eu faria um curso de primeiros socorros.

Esqueça os processos. A experiência mais intensa que tive foi pressionando o peito de um boneco de reanimação, o “João”. O peso do boneco, o som rítmico das compressões, o cheiro das luvas de látex, a concentração que apaga o mundo ao redor… aquilo muda você. Você sente o poder e a responsabilidade nas suas próprias mãos, de uma forma que nenhuma petição consegue replicar.

Meu marido foi junto, e hoje temos um kit de emergência no carro e em casa. A reação dos amigos foi de admiração. O meu erro foi pensar que, em uma emergência, o instinto me guiaria. O curso me provou que o instinto, movido pelo pânico, pode ser um péssimo conselheiro. A dica mais valiosa que aprendi não foi uma técnica mirabolante, mas sim o que NÃO fazer. Manter a calma, chamar ajuda especializada (SAMU, 192!) e realizar procedimentos simples para manter a pessoa segura até a chegada do socorro. O curso de primeiros socorros não te transforma num médico, te transforma num cidadão preparado. E essa sensação de não ser mais um espectador indefeso… não tem preço.