A Pressão que Ensina: Por Que uma Advogada se Meteu em um Curso NR 13

 

Desvendando a Segurança de Caldeiras e Vasos de Pressão, um Parafuso de Cada Vez

 

 

O vapor quente e o som sibilante que revelam um perigo imenso.

 

Eu achava que caldeiras eram coisas de filme, de grandes indústrias fumegantes. Até que uma pequena explodiu na lavanderia de um hotel, um caso que chegou ao meu escritório. A destruição era desproporcional ao tamanho do equipamento. Os termos técnicos voavam: “válvula de segurança”, “manômetro”, “prontuário”. Eu estava perdida. Não tive dúvida: era hora de encarar um curso nr 13.

“Ana, seu próximo caso vai ser numa usina nuclear?”, perguntou meu marido, meio sério, meio brincando. O medo dele tinha um pingo de razão. O curso foi impactante. Visitamos uma instalação industrial, e a sensação de estar perto de uma caldeira em operação é algo que não se esquece. O calor úmido que te abraça, o zumbido baixo e constante que parece vibrar nos seus ossos, e o silvo agudo e repentino do vapor… é a personificação da energia contida, do perigo sob controle.

Meu erro foi pensar que isso era um nicho muito específico. Aprendi no curso nr 13 que vasos de pressão estão em todo lugar, de hospitais a restaurantes. A dica mais valiosa que aprendi é quase um mantra: peça o prontuário. Esse documento é a certidão de nascimento e o histórico médico do equipamento. Se a empresa não tem, ou se ele está incompleto, com inspeções vencidas, a tese de defesa deles já começa a desmoronar. Um advogado que sabe o que é um “teste hidrostático” e para que ele serve, interroga um perito com outra autoridade. O curso nr 13 me ensinou que a pressão pode destruir, mas o conhecimento sobre ela pode construir um caso vencedor.