Construindo Argumentos Sólidos: Minha Fundação no Curso NR 18
Do Conforto do Escritório ao Caos Organizado de um Canteiro de Obras
A poeira nos sapatos e o barulho da serra que afiaram minha prática jurídica.
Advogar para o setor da construção civil é um desafio à parte. A dinâmica é intensa, os riscos são altíssimos. Depois de alguns casos envolvendo acidentes em canteiros, percebi que meu conhecimento era superficial, baseado apenas em leituras. Para defender bem, eu precisava entender aquela realidade de perto. A solução? Colocar as botas de segurança e fazer um curso nr 18.
Meu sogro, que foi mestre de obras a vida toda, abriu um sorriso de orelha a orelha. “Agora sim, doutora! Vai aprender o que é trabalho de verdade!”. E ele tinha razão. O curso nr 18 me tirou do ar-condicionado do escritório e me jogou no meio da poeira. A primeira coisa que te impacta em um canteiro é o barulho: uma mistura constante de serra elétrica, marteladas e gritos. A poeira fina do cimento parece entrar em tudo, até na alma.
O meu grande erro no início era desprezar a papelada, como o PCMAT. Achava que era só burocracia. Que tola! Aquele documento é o roteiro da segurança na obra, e aprendi no curso a identificar suas falhas. Uma dica de quem viveu isso: visite a obra. Sinta o chão irregular sob seus pés, observe a montagem dos andaimes, veja as condições dos vestiários. A teoria da NR-18 é uma, mas a prática revela detalhes que decidem um processo. O curso me deu a confiança para andar por um canteiro e saber exatamente o que procurar. A poeira que eu levava para casa nos sapatos era a prova de que, para construir um bom argumento, às vezes, você precisa começar pela fundação. E o curso nr 18 foi o meu alicerce.