Entre Bisturis e Processos: Minha Batalha Jurídica com o Curso NR 32

 

Defendendo Quem Cuida da Nossa Saúde no Ambiente Mais Arriscado de Todos

 

 

O cheiro de antisséptico e o risco biológico que não se vê, mas se sente.

 

Defender profissionais da saúde é defender heróis que trabalham em um campo minado invisível. Assumi a causa de uma técnica de enfermagem que se infectou com um vírus grave após um acidente com uma agulha. O hospital tratou como “fatalidade”. Eu chamei de negligência. Para provar, eu precisava dominar a norma que rege aquele ambiente: era a hora do curso nr 32.

A receptividade foi imediata. Meus amigos da área da saúde vibraram: “Que bom, Ana! Alguém para entender o nosso lado!”. E eles estavam certos. O ambiente hospitalar tem um cheiro próprio, aquela mistura de antisséptico, limpeza e doença que é inconfundível. O curso me fez enxergar além. Me fez notar os sacos de lixo de cores diferentes, o som agudo e o clique do descarte de uma agulha no coletor apropriado, a tensão silenciosa nos olhos dos profissionais.

O grande erro é pensar que a NR 32 trata apenas de risco biológico. Ela é um universo! Cobre riscos químicos (remédios, produtos de limpeza), ergonômicos (levantar pacientes), radiológicos… O curso nr 32 expandiu meu leque de argumentos. A dica de ouro que ficou para mim foi: investigue o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde). A forma como o hospital lida com seu lixo é um retrato fiel de sua cultura de segurança. O descarte inadequado, a falta de treinamento, a falha na comunicação do acidente… os fios da meada de um processo estão todos ali. Fazer o curso nr 32 me deu as armas para lutar por quem dedica a vida a cuidar da nossa.