O Caminho para a Habilitação: O que o Curso de Operador de Empilhadeira Revela sobre Responsabilidade

 

Como a NR 35 se aplica ao Setor de Construção Civil

Advogando por Quem Move o Mundo, uma Carga de Cada Vez

 

 

O cheiro de diesel e a trepidação do motor que ensinam sobre a cadeia de comando.

 

Muitas vezes, recebo no escritório rapazes jovens, cheios de sonhos, querendo saber se o curso de operador de empilhadeira é um bom caminho. Em outras, recebo esses mesmos rapazes, mas com o peso do mundo nos ombros, respondendo por um acidente. Em ambos os casos, minha missão é a mesma: falar sobre responsabilidade.

Lembro de um cliente, o João. Ele me mostrou seu certificado recém-adquirido com um orgulho que enchia os olhos. O documento, para ele, era um passaporte para um emprego melhor, para a dignidade. O cheiro de diesel que vinha do uniforme dele parecia o perfume do progresso. Mas, como advogada, sei que aquele certificado é também um contrato de responsabilidade imensa. A trepidação do motor que ele sente o dia todo é a mesma trepidação que um erro pode causar na vida de muitas pessoas.

O erro que a sociedade comete é ver o operador como um “peão”, um trabalhador braçal. Ledo engano. O curso de operador de empilhadeira forma profissionais qualificados que gerenciam riscos e equipamentos de alto valor. A minha dica para quem faz esse curso é: zele pelo seu conhecimento como zela pelo seu certificado. Entenda que você é o primeiro e mais importante elo da corrente de segurança. E para os meus colegas advogados: conversem com o operador. Ouçam a história dele, a pressão por produtividade, a falta de manutenção. A defesa mais forte não está nos livros de direito, mas na verdade que ele tem para contar. O curso de operador de empilhadeira habilita, mas é a consciência que protege.