O Degrau da Responsabilidade: A Diferença Crucial entre Treinamento e Capacitação NR

 

Você Foi Treinado ou Realmente Capacitado? A Pergunta que Define a Culpa em um Processo.

 

 

A sensação de “clique” na mente e a confiança que só o conhecimento prático pode dar.

 

No mundo jurídico, as palavras têm um peso enorme. E no universo da segurança do trabalho, a diferença entre “treinamento” e capacitação nr é um abismo que pode definir o resultado de um processo. Treinamento é receber informação. Capacitação é desenvolver a habilidade de usar essa informação de forma segura e eficaz.

Lembro de um caso em que um jovem eletricista sofreu um arco elétrico. A empresa se defendeu: “Mas ele fez o treinamento de NR 10!”. Sim, ele assistiu a uma apresentação de slides. Mas ele alguma vez pegou num multímetro? Ele participou de uma simulação de bloqueio de energia? Não. Ele foi treinado, mas não foi capacitado. A sensação de “clique” na mente, aquele momento em que a teoria se conecta com a prática, nunca aconteceu para ele.

O erro é usar as palavras como sinônimos. Elas não são. A dica que eu dou, e que uso como linha de argumentação, é: questione a parte prática. Como a habilidade foi verificada? Houve uma avaliação prática, uma simulação? A capacitação nr exige mais do que uma sala de aula e um projetor. Exige cheiro de oficina, exige o manuseio de ferramentas, exige o suor da prática supervisionada. Se a empresa não consegue provar essa parte prática, a defesa dela se torna frágil. Porque a segurança não se aprende só ouvindo, se aprende fazendo.