O Fogo Simbólico e o Real: Minha Formação no Curso de Brigada de Incêndio

 

Como a NR 35 se aplica ao Setor de Construção Civil

Vestindo o Colete Vermelho Para Entender a Coragem e o Trabalho em Equipe

 

 

O peso do extintor e a fumaça que ensinam sobre liderança e pânico.

 

Nos processos, o termo “brigada de incêndio” aparecia o tempo todo. Era quase uma entidade mítica. Cansada de apenas ler sobre ela, decidi me tornar parte dela, pelo menos no meu prédio comercial. Inscrevi-me no curso de brigada de incendio e me tornei voluntária.

“Virou bombeira agora, Ana?”, meu sócio brincou. Talvez um pouco. A experiência mais forte foi o treinamento em uma sala com fumaça (atóxica, claro). A desorientação é imediata. Você não enxerga nada, só ouve o som da sua respiração e o alarme ensurdecedor. O cheiro daquela fumaça artificial ficou impregnado na minha memória. Aprender a se guiar pelo tato, a se mover em equipe, a sentir o peso real de um extintor e a força do seu jato… foi uma aula sobre pânico e controle.

O erro é pensar que o brigadista é só a pessoa que apaga o fogo. O curso de brigada de incendio ensina que a tarefa principal é outra: evacuação. Liderar, acalmar, guiar as pessoas para a saída de forma ordenada. A maior lição é sobre comunicação e trabalho em equipe. Quem chama os bombeiros? Quem desliga a chave geral? Quem conta as pessoas no ponto de encontro? Essa organização é o que evita que o pânico transforme um incidente em uma catástrofe. O colete vermelho que usamos no treinamento não é uma fantasia; é um símbolo de responsabilidade. E, confesso, me senti muito bem vestindo-o.