O Maestro da Orquestra do Risco: A Responsabilidade do Curso NR 33 Supervisor de Entrada
A Caneta que Assina a Permissão de Trabalho e o Peso que Ela Carrega
O cheiro de café na madrugada e a responsabilidade de dar a palavra final.
Depois de entender a dinâmica do trabalhador e do vigia, faltava uma peça no quebra-cabeça do espaço confinado: o supervisor. Aquele que não entra, que não vigia o tempo todo, mas que tem a responsabilidade final. Foi por isso que busquei o curso nr 33 supervisor de entrada. E entendi que essa é uma das funções mais solitárias e de maior pressão na segurança do trabalho.
A imagem que ficou na minha mente foi a do nosso instrutor, um engenheiro veterano, simulando a liberação de uma Permissão de Entrada e Trabalho (PET). Ele pegou a prancheta, a caneta, e antes de assinar, fez uma longa pausa. Olhou para cada item do checklist, olhou para a equipe, para o céu. Naquele silêncio, eu senti o peso daquela assinatura. O cheiro do café que ele tomava na madrugada, durante uma parada de manutenção, parecia ter o gosto da responsabilidade.
O erro de um supervisor é a pressa. É ceder à pressão da produção e assinar uma PET sem que todas as medições e bloqueios estejam perfeitos. A dica de ouro, que serve tanto para supervisores quanto para advogados que os defendem (ou acusam), é: a PET é a sua confissão. Se ela estiver preenchida de forma corrida, com itens faltando, ela é a prova material da negligência. O curso nr 33 supervisor de entrada me ensinou que o supervisor não é um mero burocrata. Ele é o maestro de uma orquestra perigosa, e uma nota errada pode levar ao desastre.